quinta-feira, 14 de outubro de 2010
No Piauí, desigualdade é tema central dos discursos de Lula e Dilma
Lula discursa ao lado de Jaques Wagner, Wilson Martins, Cid Gomes e Dilma (Foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação)
Diante de um estado com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o tema que norteia a campanha petista é a desigualdade social. Durante comício em Teresina (PI) nesta quarta-feira, tanto a candidata Dilma Rousseff quanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursaram a favor da redução da pobreza. Ambos atacaram o governo FHC e fizeram comparações entre ricos e pobres.
“Não entreguem o nosso país a quem não tem compromisso com o povo pobre. Quando criei o Bolsa Família, os de lá diziam que era esmola. Eles não têm noção do que significa 100 reais para pobre. É o valor que eles dão de gorjeta quando tomam uísque”, insinuou Lula.
O presidente também partiu para o ataque contra os senadores Heráclito Fortes (DEM) e Mão Santa (PSC), que não conseguiram se reeleger no estado: “Quero agradecer os votos que vocês deram a eles. Essa gente foi do mal com o povo pobre. Disse a eles nas eleições que teriam o troco”.
Assim como Lula, a candidata petista criticou o governo FHC ao falar do desequilíbrio entre os estados: “Eu dei contribuição para que a desigualdade que existia no país mudasse. Havia regiões e estados que não recebiam nada. Com o presidente Lula isso mudou”.
Para agradar os piauienses, a ex-ministra prometeu sanar carências no estado, como falta de luz, água, moradia e escola. Dilma usou o mesmo discurso adotado em seu programa de televisão, dizendo que seu eventual governo seria para pessoas e não para cimento e tijolo.
Nordeste – Os governadores eleitos Cid Gomes (PSB/CE) e Jaques Wagner (PT/BA) também participaram do comício para engrossar o coro do nordeste ao lado do candidato ao governo do Piauí no segundo turno Wilson Martins (PSB). Cid disse que “no passado deram tudo para o sul e nada para o nordeste”. Já Wagner apelou para o sotaque baiano: “Eu votei no painho e deu certo. Agora vou votar na mainha que vai dar certo”.
O discurso casou com o apelo do presidente Lula aos governadores eleitos: “Se vocês derem menos de 70% de votos para essa mulher eu vou ficar acabrunhado”. Lula finalizou dirigindo-se aos eleitores: “Dia 27 eu completo 65 anos. Eu não reclamo de receber presente atrasado. Então quero que vocês me deem de presente a Dilma presidente da República no dia 31’.
(Luciana Marques, de Teresina)