Alberto Cassano, que lançou Jeniffer Corneau Viturino no mundo das passarelas, afirma que ela era a "menina mais bonita" da agência
A família e os amigos da modelo Jeniffer Corneau Viturino, encontrada morta na sexta-feira, depois de cair do apartamento do namorado, no 15.º andar, em Lisboa, reuniram-se em peso no velório da jovem de 17 anos. A grande ausência foi a do ex-namorado, o empresário Miguel Alves da Silva, de 31 anos, que não aparece publicamente desde a morte de Jeniffer.
Na tarde desta quarta-feira, o corpo da modelo chegou ao velório da Igreja do Campo Grande, zona central da capital portuguesa. O pai da jovem, Girley Viturino da Silva, que desembarcou na madrugada desta quarta em Portugal, esteve lá. Vinte minutos mais tarde chegariam a mãe e a tia de Jeniffer, acompanhadas pelo atual companheiro de Solange Viturino, Osnei Martins. Johnatan Viturino, irmão de Jeniffer, também foi ao velório.
A modelo brasileira Jeniffer Viturino, de 17 anos, que morreu ao cair do 15º andar de um edifídio em Lisboa, onde morava
Ao site da VEJA, o pai da modelo contestou, como a família vem fazendo nos últimos dias, a tese de suicídio: "Eu não acredito. Como pai não acredito. Jamais ela faria isso", afirmou Girley.
Também as amigas rejeitam a ideia de que Jeniffer possa ter se atirado da varanda da casa do ex-namorado. “Ela era uma garota com 17 anos, com um sonho, como qualquer uma. Uma pessoa curiosa, que estava correndo atrás. Queria ser modelo, desfilar, ir para fora”, contou uma das amigas, que preferiu não ser identificada ao site de VEJA. “Nada de melancolia e nada de depressão”, disse a amiga, apesar de lembrar da ocasião em que Jeniffer contou que o empresário tinha batido nela, durante uma festa. “Sim, ela comentou. Mas ela gostava dele.”
O pai de Jeniffer também lembra desse episódio. A filha relatou o incidente na última vez em conversaram, por telefone. Mas Girley diz que a filha era feliz e a relação com o namorado ia bem. “Vai-se um sonho, mas que isso possa ficar de exemplo para as pessoas. Que elas não deixem que as coisas aconteçam dessa forma”, afirmou o pai da jovem, ainda sem data definida para voltar ao Brasil
Uma outra amiga, que conhecia Jeniffer desde que ela chegou a Portugal, havia três anos e meio, contou que a modelo era uma pessoa muito divertida. "Ela disse que estava bem, contou que estava namorando. Estava bem feliz”, disse, chorando. “Não tinha o porquê de fazer uma coisa dessas”, acrescentou, com uma rosa branca na mão. A flor, junto com uma fotografia das duas, foi deixada junto do caixão da amiga.
Agente - Alberto Cassano, da Milano Moda, foi o agente que descobriu Jeniffer: "Vi a menina na Praça da Figueira (zona histórica de Lisboa), esperei 20 minutos e quando ela veio na minha direção fiz o convite". De acordo com ele, Jeniffer era a modelo mais bonita de sua agência. "Todos os concursos em que ela entrou em Portugal, foi finalista", recorda Cassano.
Solange Viturino, em uma das ocasiões em que se afastou do corpo da filha, disse que só vai conversar com a imprensa nesta quinta-feira. O máximo que conseguiu foi pronuncir a seguinte frase: “Tenho o coração muito apertado”.
A Polícia Judiciária prossegue com suas investigações. O corpo de Jeniffer foi encontrado na última sexta-feira passada, no pátio da Torre São Rafael, um edifício do Parque das Nações, um dos melhores bairros de Lisboa, onde o ex-namorado da modelo tem um apartamento. Apesar de haver rumores sobre uma briga entre os dois, que poderia ter terminado de forma trágica, o relatório preliminar da autópsia divulgado parcialmente pela imprensa portuguesa aponta o suicídio como a causa mais provável da morte.fonte: Revista Veja
