Nessa época, a incidência de raios aumenta por conta da chuva.
O Ceará registrou pelo menos 574 raios este ano, segundo a Companhia Energética do Ceará (Coelce), que monitora esse tipo de fenômeno. O grande número de descargas elétricas tem preocupado moradores da região Norte do Ceará, onde há maior incidência . Foram registrados quase trezentos somente no município de Granja. Nessa época, a incidência de raios aumenta por conta da chuva.
O estrago de uma descarga elétrica pode ser grande. Um para raio da subestação da Coelce de Granja, atingido durante uma tempestade nesta semana ficou destruído. A incidência de raios está ligada às tempestades de chuva. Na região Norte do Ceará, segundo o monitoramento da Coelce, é onde se concentra a maior quantidade. Em Granja, só neste ano foram registrados 288 raios. Em seguida, vem os municípios de Viçosa do Ceará (170), na serra da Ibiapaba, e Camocim, no litoral Oeste (97). Até agora Fortaleza registrou 19 raios.
Uma das explicações para esta grande incidência de raios é por conta de áreas descampadas. Além disso, muitas construções no interior também não tem para-raios. Os especialistas alertam que todo cuidado é pouco. Dentro de casa, deve-se evitar o contato com equipamento que esteja conectado à rede elétrica.
“Por exemplo, o celular, utilize sem estar no módulo de carregamento. A televisão, procure utilizar com controle remoto. Se houver algum curto circuito interno, se perceber alguma coisa estranha, procure desligar o seu disjuntor”, orientou o gerente de distribuição da Coelce, Francisco Queiroz Magalhães.
Para a Defesa Civil, o período de chuva é de alerta.
As atenções estão voltadas principalmente para a população ribeirinha dos rios Coreaú e Acaraú, que já enfrentaram problemas com as enchentes de anos anteriores. “Na região norte, nós temos vários locais de incidência de alagamentos em virtude das chuvas fortes”, afirmou o capitão Roberto Morais, coordenador regional da Defesa Civil.
Já são três açudes transbordando no Ceará: o Tijuqinha, no Maciço de Baturité; Valério, em Altaneira, no Cariri; e o Junco, que fica em Granjeiro, no Sul do estado. Segundo a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), dos 136 açudes monitorados, quatro estão com um acúmulo de água acima de 90% e 15 inferior a 30% da capacidade.