segunda-feira, 16 de abril de 2012

Integrantes do MST cercam sede do governo do Ceará

Centenas de ativistas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupam, desde as 5h desta segunda-feira, o pátio de entrada do Palácio da Abolição, sede do governo do Ceará em Fortaleza. Policiais do Batalhão de Choque estavam no local para tentar controlar possíveis tensões. Os trabalhadores exigem uma audiência com o governador Cid Gomes (PSB) para discutir a reforma agrária e soluções para a seca, e querem também que o governador intermedeie um encontro com a presidente Dilma Roussef (PT).

De acordo com a coordenadora estadual do MST, Maria de Jesus dos Santos, os grupos vieram de ônibus de pelo menos 64 municípios do interior do Estado. Eles estão reunidos com cartazes e realizam batucadas para chamar a atenção de quem passa pelo local. Maria de Jesus disse ainda que o grupo não vai deixar o local sem antes falar com Cid Gomes. O governo não havia divulgado nenhuma posição oficial sobre a manifestação.

O mês de abril é tradicionalmente marcado por manifestações dos sem-terras em todo País. Foi em 17 de abril de 1996 que cerca de 20 trabalhadores foram assassinados em Eldorado dos Carajás, interior do Pará.

Em Brasília, integrantes do MST ocuparam na manhã de hoje o prédio do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA). A ocupação teve início às 5h40 e abre a jornada de luta em todo o País na campanha pela reforma agrária, segundo a coordenação do movimento. Os manifestantes acamparam dentro do prédio e exigiam mais desapropriações de terra e o julgamento do caso de Carajás.

No Mato Grosso, um grupo de aproximadamente 700 sem-terras bloqueou a rodovia BR-163, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal. A ação ocorre na altura do km 761, próximo à cidade de Sorriso, desde a manhã desta segunda-feira. Apenas veículos de emergência, como ambulâncias, eram liberados pelo grupo para ultrapassar o bloqueio. De acordo com a instituição, eles reivindicam promessas não cumpridas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Fonte: Portal Terra