Sou filho do vale;
Criado entre serras,
Bebendo da água
Do rio dos curiás.
Tenho sangue caboclo,
De gente guerreira,
Do pé rachado,
E pele trigueira.
Tenho orgulho...
Orgulho de meu lar.
Não nego a origem,
Antes a louvo.
Nasci de meu povo,
E lá quero estar...
Junto à terra-mãe,
Do barro que me fez.
E quero, uma vez,
Alto poder gritar:
“Tu já serás,
Finalmente, renovada!
Tu és terra amada!
Tu podes bem mais!”
(Foto de Benedito Gilson - Manchão)