As
eleições municipais de 2012 foram marcadas, dentre outras coisas, por
práticas abusivas conduzidas por alguns gestores e candidatos. Algumas
destas condutas negativas culminaram na violação às liberdades políticas
de funcionários públicos, sejam eles ocupantes de cargos em comissão,
terceirizados e, até mesmo, detentores de cargos efetivos.Diante deste cenário e a par de graves denúncias de assédio político na capital e no interior do estado, os representantes da Procuradoria Regional do Trabalho (PRT-7ª Região), do Ministério Público do Estado do Ceará (MP-CE), da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) e da Superintendência Regional do Trabalho (SRT) reuniram-se, na manhã de hoje (05/11), para somar esforços com o intuito de impedir que haja o cometimento de crimes de coação eleitoral como estes nas próximas eleições. O encontro, solicitado pelo procurador-chefe da PRT-7ª Região, Francisco Gérson Marques de Lima, contou com as presenças do procurador-geral de Justiça, Ricardo Machado; do procurador Regional Eleitoral, Márcio Torres; do superintendente Regional do Trabalho, Júlio Brizzi, dos promotores de Justiça Eloilson Landim, Plácido Rios e Raimundo Filho, e do auditor fiscal do Trabalho – SRTE/CE, Luís Alves de Freitas Lima. Gérson de Lima afirmou haver a constatação de assédios políticos em vários municípios cearenses relatados e encaminhados ao Ministério Público do Trabalho, que tem pleiteado a reparação de danos morais coletivos. No entanto, para ele, as sanções tem sido “pequenas ao ponto de não inibir novos abusos” - observou o procurador-chefe do Trabalho. As autoridades deliberaram pela criação da Comissão Interinstitucional de Combate ao Assédio Político (Cicap), a ser composta por membros de cada uma das instituições presentes com uma atuação permanente e, a priori, com caráter preventivo e educativo. Até o final deste ano, todas as denúncias de irregularidades recebidas serão compiladas para o posterior planejamento de como preveni-las e combatê-las. Iniciado o alinhamento de posturas entre estes órgãos fiscais da lei, a primeira reunião ordinária para a organização de atribuições da Cicap está prevista para o final de janeiro de 2013. “Não podemos agir de forma desarticulada. É preciso estabelecermos diretrizes, normas e agirmos proativamente no campo macro porque certos assédios tem o poder de reverter um quadro eleitoral, dependendo do tamanho do município”, disse Ricardo Machado. O assédio político consiste nas imposições, pressões e coações que políticos, grupos políticos ou empregadores assacam contra trabalhadores, sejam estes efetivos ou temporários, servidores ou terceirizados, para que adiram a determinadas facções ou emprestem o voto, candidatura ou apoio no interesse do assediante, contra a espontaneidade do assediado, ou, ainda, que adotem ou deixem de adotar determinadas posturas contra sua própria convicção ideológica. |
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| Fonte: Ascom |
As
eleições municipais de 2012 foram marcadas, dentre outras coisas, por
práticas abusivas conduzidas por alguns gestores e candidatos. Algumas
destas condutas negativas culminaram na violação às liberdades políticas
de funcionários públicos, sejam eles ocupantes de cargos em comissão,
terceirizados e, até mesmo, detentores de cargos efetivos.