Lembrei-me de minha
adolescência na década de 80, em Coreaú.
Lá pelos idos de 1985 e
1986, contava eu com tenros 16 e 17 anos, respectivamente. Havia em mim uma
timidez só, horrenda, que me atrapalhava os flertes e os namoros. Tempo de
inocência ainda. Nunca havia namorado, de forma alguma. À noite, saia para a
pracinha da matriz com alguns colegas, no afã de me desvencilhar, desprender-me
do “fantasma” da introversão. Durante o mês de julho, nas férias, circulávamos na
sobredita praça, num vai e vem, buscando aproximação com alguma moçoila sem, no
entanto, lograr êxito, porquanto não sabia abordar aquela que era a preferida.
Nos dias de “discoteca”, de
propriedade do Leonardo Albuquerque, o “Lalau do seu Quico”, sábado à noite, em
frente ao Centro Comunitário, era a ocasião ideal para driblar a timidez e
dançar coladinho com algumas meninas as inesquecíveis “músicas lentas”
(nacionais e internacionais), momento em que as pernas ficavam tremendo, o
coração batia acelerado, pois um cheiro no “cangote” era o suficiente para que
a gente fosse às nuvens.
O tempo foi passando,
consegui alguns namoricos adolescentes e, somente depois dos vinte anos de
idade, superei o trauma da inibição, despertando para relacionamentos mais
ousados. O resto da história fica para outra oportunidade.
FERNANDO MACHADO
ALBUQUERQUE
Professor
Coreaú-CE