sexta-feira, 22 de março de 2013

Sobral investe em políticas contra a violência doméstica

Cartilha visa preparar os alunos para a vida, dentro do respeito e tolerância às diferenças de gênero

Sobral. O município está investindo fortemente em ações contra a violência doméstica contra a mulher. Além de estar recebendo o I Encontro de Atualização Jurídica sobre a Lei Maria da Penha, a rede municipal de ensino levará o tema de uma forma acessível à sala de aula.

Autoridades municipais, como o prefeito Veveu Arruda, e a secretária de Educação do Estado, Izolda Cela, além de outras personalidades, prestigiaram a iniciativa

O Encontro encerra hoje e é promovido pelo Ministério Público do Estado do Ceará, através do Núcleo de Gênero Pró-Mulher, tem o apoio da Prefeitura de Sobral, através da Secretaria de Segurança e Cidadania. Um de seus objetivos é a sensibilização dos agentes de segurança sobre o tema. O público alvo são policiais civis, militares e do Ronda, guardas municipais e profissionais do Samu.

A programação inclui a apresentação do manual de atuação da polícia ostensiva e palestras sobre polícia, gênero e violência; os reflexos nas famílias e a importância da notificação; e o papel da polícia no enfrentamento à violência doméstica.

Capacitação

Segundo o secretário de Segurança e Cidadania, Pedro Aurélio Aragão, a Guarda Municipal, apesar da não atuar diretamente na repressão, pode auxiliar no combate à violência doméstica. "Desta forma, é importantíssima a capacitação para que o guarda saiba quando e como intervir".

A cidade é apontada pela titular da Delegacia da Mulher em Sobral, Penélope Malveira, como quatro vezes mais violenta nessa especialização do que Fortaleza. "Quando se pega a população de Fortaleza e faz a proporção com o número de inquéritos, essa porcentagem é quatro vezes menor do que a de Sobral. Não estou dizendo que o número de inquéritos é menor, e sim que a proporção da Capital é", explica a delegada.

Apenas no ano passado, Sobral fechou o ano com 294 inquéritos da Delegacia da Mulher mais 93 inquéritos da Delegacia Civil que constavam crimes contra a mulher. "Como o plantão fica com a regional civil geral, os números deles contabilizam separados dos nossos. Mas totalizamos 387 inquéritos. Em Juazeiro do Norte, 2012 terminou com 301, já Crato, com 268", ressalta Penélope Malveira.

Fonte: DN