quinta-feira, 4 de abril de 2013

Fortaleza não sofre riscos de desabastecimento

Mesmo que o volume de águas tenha diminuído 36% em dois anos, o presidente da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), André Facó, afirma que Fortaleza e Região Metropolitana não sofrem riscos de apresentar problemas de abastecimento de água. Facó diz que, mesmo que a falta de precipitações persista durante o período chuvoso de 2014, uma série de obras está sendo realizada para evitar o risco de falta de água pela próxima década.

A última opção seria o racionamento, já que, de acordo com o presidente, o Ceará é um dos estados do Nordeste melhor preparado para o período de estiagem. “Nós temos intermitência de abastecimento em algumas áreas em Fortaleza não por falta d’água, mas por crescimento desordenado da cidade. Temos a Capital sem nenhum tipo de racionamento de água. Ainda mais com R$ 250 milhões investidos para pensar Fortaleza pelos próximos 10 anos”, garante o presidente.


Facó admite que, caso o período de seca se prolongue até o próximo ano, outras cidades do Interior poderão passar
por racionamento, como já acontece em 15 municípios do Ceará. Ele afirma que a construção de novas adutoras, no Interior e na RMF, e a perfuração de poços em locais mais distantes, devem resolver o problema.


Professor do curso de Geologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), George Satander Sá Freire acredita que a redução das águas nos reservatórios pode impactar na própria qualidade do produto. “A falta d’água também pode provocar a salinização do solo, com a evaporação da água.”

Uma das soluções seria a perfuração de poços e a dessalinização da água do mar em cidades costeiras. (Angélica Feitosa)