segunda-feira, 6 de maio de 2013

No Ceará, ainda não chegou milho suficiente para atender os produtores

Governo Federal prometeu o envio de 60 mil toneladas em abril e maio.
Até agora, só oito mil tonaladas chegaram ao Ceará.

No Ceará, produtores que precisam de milho para alimentar o gado durante o período de seca ainda sofrem com a pouca oferta do grão nos armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Depois de quatro meses de espera, o produtor rural Antônio Carvalho, saiu do escritório da Conab, em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), com a guia que autoriza a compra de de milho para alimentar o gado. "Dá um alívio, agora é torcer para que venha todo mês".

A presidente Dilma Roussef prometeu o envio de 60 mil toneladas de milho para o Ceará, nos meses de abril e maio. Metade chegariam de avião e a outra metade de navio mas, até agora, só chegaram oito mil toneladas e o transporte rodoviário ainda é o único utilizado. O superintendente da Conab no Ceará, Agenor Pereira, diz que as cargas estão chegando aos poucos e que onze carretas estão na estrada, cada uma com 37 toneladas de milho. Segundo ele, em junho, o milho também vai chegar pelos portos.

O Governo Federal também diminuiu a cota máxima para cada criador. De 14 toneladas, baixou para 6 toneladas por mês. No Ceará, como o milho que chega não é suficiente, mesmo os produtores que têm direito à cota máxima, só levam a metade para casa. "É necessário diminuir a cota para atender um número maior de produtores. Aqui nesta unidade a gente está vendendo apenas 50 sacas por criador", explica o superintendente da Conab.

O preço da saca de 60 quilos de milho varia entre R$ 18 e R$ 21, dependendo do tamanho do criador. Os pequenos pagam menos. De janeiro a março, o Ceará recebeu uma média de sete toneladas por mês. De abril até o início de maio, chegaram oito mil toneladas, quantidade insuficiente para atender os 36 mil produtores rurais aptos a comprar, que necessitam de 70 mil toneladas.

Para o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Maranguape, Eduardo Peixoto, os 168 produtores do município cadastrados para comprar milho na Conab teriam direito a 499 toneladas do grão mas, por causa da cota reduzida, só estão conseguindo comprar 315 toneladas. Segundo ele, o maior problema é a irregularidade na distribuição. "Tem mês que tem, no outro não. Os produtores ficam em uma situação difícil, sem ter como alimentar o rebanho".

Fonte: G1