quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Nordeste apresenta maior índice de desemprego no País

O Nordeste apresentou os maiores índices de desocupação da economia brasileira em todos os trimestres de 2012 e nos dois primeiros de 2013. É o que demonstra a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), a primeira da série nacional, divulgada nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o estudo, nos dois primeiros  trimestres de 2013, o Nordeste apresentou taxas de desocupação de 10,9% e 10%, respectivamente, sendo os maiores níveis entre todas as regiões do País.

No País, a taxa de desocupação da economia brasileira ficou em 7,4% no segundo trimestre de 2013 Foto: Arquivo
Conforme a pesquisa, a taxa de desocupação na região entre os meses de abril e junho de 2013 também foi 2,6% a maior do que a registrada no País. Na comparação entre todos os trimestres analisados, também é revelado que o nível de desemprego na região aumentou em 2013. Durante todo o ano de 2012, as taxas variaram entre 9,7% e 9,3%.
A alta taxa de desemprego na região também foi seguida pelo nível de ocupação, que registrou, no primeiro e segundo trimestre de 2013, 49,9% e 50,5%, respectivamente. A região Sul (61,6%) e a Centro-Oeste (61,3%) foram as que apresentaram os maiores percentuais de pessoas trabalhando entre aquelas em idade de trabalhar.

Desemprego em 7,4% no 2° trimestre de 2013
No País, a taxa de desocupação da economia brasileira ficou em 7,4% no segundo trimestre de 2013. O índice ficou 0,6 ponto percentual abaixo da verificada no trimestre imediatamente anterior, que registrou taxa de desocupação de 8%.
A quantidade de pessoas empregadas no segundo trimestre atingiu 90,6 milhões, montante 1,2 milhão acima do registrado nos três primeiros meses do ano passado.
A quantidade de pessoas desocupadas atingiu 7,3 milhões de abril a junho do ano passado, o que representou uma queda de 0,5 milhão em relação ao apurado no primeiro trimestre de 2013, quando 7,8 milhões de pessoas estavam desempregadas.
A diferença dessa pesquisa para a Pnad anteriormente divulgada pelo instituto é basicamente a abrangência do levantamento, que agora tem caráter nacional e não mais apenas nas seis principais regiões metropolitanas do país.
Conforme o esperado por analistas, a taxa de desemprego da nova pesquisa do IBGE ficou num patamar superior à registrada pela PME (Pesquisa mensal de Emprego), que nos últimos meses têm oscilado ao redor de 6%.
A diferença decorre da expansão da nova Pnad, que mensura o desemprego em nível nacional. A PME é restrita às seis maiores regiões metropolitanas do país, que possuem um mercado de trabalho mais dinâmico e com mais oportunidades do que áreas do interior do Norte e Nordeste, por exemplo.
Os resultados divulgados agora para a taxa de desemprego se aproximam das taxas da antiga Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), que era anual e passa agora a ter divulgações trimestrais sobre temas ligados ao mercado de trabalho.
Fonte: Diário do Nordeste