quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Ceará tem pelo menos 35 alunos superdotados na rede pública

O Senado aprovou nesta terça-feira (16) o projeto de lei que institui o cadastro nacional de alunos com altas habilidades intelectuais ou superdotados. Os senadores acreditam que com este cadastro, será possível incentivar a execução de políticas públicas para esses estudantes. Nas secretarias municipais e estaduais este cadastro já existe e há uma educação diferenciada para aqueles que são superdotados. No Ceará, pelo menos 35 alunos da rede estadual apresentam habilidades especiais.
Em Fortaleza
Segundo a assessoria da Secretaria Municipal de Educação (SME), o município de Fortaleza possui dez estudantes cadastrados que apresentam altas habilidades nas escolas, sendo nove meninos e uma menina.
O coordenador do Ensino Fundamental e Médio da SME, Arlindo Araújo, afirma que a realização de cadastro já é uma prática antiga. “O cadastro é realizado no ato da matrícula dos estudantes na rede de ensino municipal, onde as necessidades de acompanhamento especial ao aluno são constatadas através da apresentação de um laudo médico”, informou.
Acompanhamento diferenciado
As escolas do município seguem as diretrizes do Ministério da Educação (MEC) quanto à educação dos alunos superdotados. Todos os estudantes, independente de serem superdotados ou não, estudam juntos em salas convencionais. “Alunos que apresentam deficiência intelectual, física ou seja superdotados participam de atendimento no contraturno, isto é, após as aulas, com especialistas multidisciplinares preparados para este tipo de acompanhamento”, finalizou.

No Ceará

Entre os estudantes matriculados na rede pública estadual, 25 apresentam altas habilidades intelectuais. De acordo com a Secretaria de Educação do Estado do Ceará (Seduc), estes alunos são encaminhados para o Núcleo de Altas Habilidades e Superdotação, que tem como objetivo promover o processo inclusivo, garantir o atendimento especializado, realizar avaliação pedagógica e psicopedagógica com a participação de vários profissionais, entre eles: pedagogos, psicopedagogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e psicomotricistas.
Ainda segundo a assessoria da Seduc, os alunos são encaminhados para os atendimentos nos núcleos pelos próprios professores e gestores das escolas, quando estes identificam a alta habilidade intelectual do estudante. “Os estudantes continuam na escola em um turno, e no contraturno, vão ao núcleo, onde recebem acompanhamento específico”, informou.

Cumprimento da lei

O projeto de lei aprovado pela Senado segue para a apreciação da Câmara dos Deputados. É previsto um prazo de quatro anos, a contar da data de publicação da lei no Diário Oficial da União, para o cumprimento das regras voltadas a esse segmento estudantil.
Pelo texto analisado pelos senadores da Comissão de Educação, todo o procedimento previsto em casos de estudantes da rede pública superdotados será consolidado em todo o Brasil. Dessa forma, os senadores acreditam que será possível incentivar a execução de políticas públicas a esses estudantes.