segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Sucatas de aviões do Ceará serão leiloadas até 2014

Com a finalidade de dar um destino às sucatas de aviões depositadas no Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou a realização de leilão até o início de 2014. São dez unidades paradas no chamado cemitério de aeronaves. Sem data prevista para a venda pública, a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) revela que ainda não recebeu informações detalhadas sobre o processo.
 
O Pinto Martins está inserido no Programa Espaço Livre, do CNJ, criado em 2011. O desmonte das aeronaves já aconteceu em Recife, no dia 6 de setembro deste ano, em dois aviões da Vasp. O próximo será realizado no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro; em seguida será a vez do Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães, em Salvador; depois o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, o Confins, em Belo Horizonte; e, por fim, o terminal de Fortaleza.
 
O projeto pretende retirar, até a Copa de 2014, todos os aviões que estejam vinculados às massas falidas das empresas e os que forem apreendidos em processos criminais. No total, 19 aeronaves serão desmontadas.
 
A segunda etapa do programa terá início no fim deste mês com a realização do leilão da sucata de um avião da empresa Brazilian Express Transportes Aéreos (Beta), que está parado sem condições de navegação em um pátio do Aeroporto Internacional de Guarulhos / Cumbica. Trata-se do PP-BEL, Modelo DC-8-73, avaliado no valor de R$ 110 mil.
 
Os leilões ocorrerão simultaneamente nas modalidades eletrônica e presencial. Em Fortaleza, as aeronaves de prefixos PTWTH, PTKYW, PTAOB, PTMTA, PTMTB, PTMTC, PTMTF, PRLSW, PRMTD e PRMTH estão desativadas no aeroporto. As quatro primeiras já passaram por vistoria, na primeira semana de maio de 2013. As outras, em julho deste ano.
 
Avaliação
 
O processo de avaliação das sucatas está sendo realizado por meio de uma força-tarefa composta pelo Ministério da Defesa, pela Infraero, pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). O propósito é para determinar quais aeronaves ainda estão em condições de uso.
 
Os problemas de manter as sucatas no aeroporto passam pela ocupação de um grande espaço, pelo risco à saúde pública, já que o material depositado pode servir de foco para o mosquito da dengue, e também pelo fato de os aviões serem obstáculos para a expansão dos terminais. Além disso, há custos para manter as carcaças no local. Somente a estada no aeroporto pode ter um custo médio diário de R$ 1,2 mil com a manutenção, que é pago pela massa falida, ou seja, os credores.
 
Fonte: Diário do Nordeste