Contrariando o desejo de seus correligionários, o governador do
estado do Ceará, Cid Gomes (PSB), não esconde sua simpatia pelo projeto
de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Na contramão dos
discursos mais acalorados que defendem o projeto eleitoral do governador
Eduardo Campos à Presidência da República na eleição de 2014, o
socialista defendeu, mais uma vez, a aliança entre PT e PSB rumo ao
Palácio do Planalto. Para ele, seu partido deve lançar um candidato
próprio “algum dia”, sem fazer referências a datas ou algum período do
futuro próximo.
“A eleição de 2014 será tratada em 2014. Mas, eu
defendo que a gente apoie a Dilma em 2014, me sinto à vontade para dizer
pública e claramente isso, que se depender de mim, a gente apoia a
Dilma em 2014”, disse o governador aos jornalistas, logo após uma
cerimônia no Palácio do Planalto na noite desta terça-feira (19).
Mesmo
não defendendo a candidatura de seu correligionário no primeiro
momento, Cid Gomes fez questão de frisar que o PSB não pode ficar refém
da polarização política estrelada pelo PT e PSDB.
“Não quero ficar
eternamente tendo de fazer essa opção PT ou PSDB, PSDB ou PT. Ela
(Dilma) tem de ter essa preocupação. Esse ano é fundamental que o país
volte a crescer, sob pena da gente ter uma queda maior que se traduza
inclusive numa elevação do índice de desemprego”, defendeu.
O
governador do Ceará também comentou sobre o projeto presidencial do seu
correligionário, Eduardo Campos, que vem sendo especulado nos bastidores
para as eleições de 2014.
“O Eduardo é presidente do partido, tem
mais deveres do que eu. Ele não pode simplesmente dar a posição dele,
ele tem de ter uma posição de magistrado ali, porque essa questão num
dado momento vai ser discutida. E o que eu vi dele, e senti do que ele
está fazendo, dos passos que está dando, ele é solidário a Dilma e disse
que o partido está do lado da Dilma”, completou.